segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Lavadeira

Pés descalços
Joelhos dobrados
O diminuto vestido
As coxas mostrava

À beira da ribeira
Lavava a sujeira
Dos trapos migalhos

Braços nus, ágeis
Um segurava, o outro esfregava
O corpo todo na mesma cadência
A carne vibrava.

Os seios
Prisioneiros no justo decote
Iam e vinham
Libertando-se do cárcere.

Vez por outra
A mão molhada na testa
Cabelos esvoaçados
Breve intervalo.

Retornava à lida
Braços, coxas, seios
A cadência...


renato duran


Nenhum comentário:

Postar um comentário